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Ministra italiana do Meio Ambiente acompanha com preocupação mancha de óleo no Golfo do México

A ministra italiana do Meio Ambiente, Stefania Prestigiacomo, declarou que o país segue com "enorme preocupação" o crescimento da mancha de petróleo que se expande sobre o Golfo do México, na costa sul dos Estados Unidos, devido a um vazamento.

Da China, onde participa da abertura da exposição universal de Xangai — a Expo Xangai 2010 –, a italiana afirmou desejar que o derramamento de óleo possa ser "contido e sugado". 

"Estamos seguindo à distância e há pouco que podemos fazer. Normalmente trabalhamos com nossos meios, mas neste caso estamos fora das nossas águas territoriais. Acompanhamos com enorme, enorme preocupação, porque vimos que houve um atraso nas intervenções e os danos ao ambiente poderiam ser gigantescos", lamentou. 

O ex-responsável pelo serviço de emergências ambientais marítimas do Instituto Superior pela Proteção e a Pesquisa Ambiental da Itália (Ispra) Ezio Amato assegurou que a mancha que cobre o Golfo do México "é incontrolável". 

De acordo com o especialista, que atualmente trabalha na Organização das Nações Unidas (ONU), "sobre a costa será derramado 80% do petróleo bruto, no máximo 10% a 20% será recuperado da superfície". 

Os dispersores "são só maquiagem" nesta situação, e "não há nada mais a fazer" em relação às praias — enquanto o problema central, segundo ele, se resume a parar o vazamento de petróleo diretamente no poço. 

Para Amato, a mancha de óleo nas proximidades dos Estados Unidos "é uma tragédia em curso que durará muito tempo e é a primeira vez no mundo que o derramamento ocorre a mais de 1.500 metros de profundidade". 

O especialista alertou que o perigo é "afetar um ecossistema dos mais desconhecidos pela ciência". "Por isso, pode-se imaginar desastres incomensuráveis, que não saberemos jamais", completou. 

O poço responsável pelo vazamento ficava sob uma plataforma que explodiu e pegou fogo na semana passada e está liberando até cinco mil barris de petróleo bruto por dia. A mancha ameaça atingir Texas, Louisiana, Alabama e Flórida.

Destes, Flórida e Louisiana já declararam estado de emergência. (ANSA)

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