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Repressão contra protestos de estudantes na Itália é alvo de críticas

A repressão contra os protestos principalmente de estudantes que têm ocorrido em diversas cidades da Itália e em outros países europeus contra medidas de ajuste econômico foi alvo de críticas das autoridades iranianas.

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, notoriamente acusado de reprimir os opositores e violar direitos políticos, condenou "a repressão violenta contra os estudantes e trabalhadores europeus", em referência às manifestações que têm ocorrido na Itália, Grã Bretanha, e França, mas não detalhou nenhum país em sua crítica.

"Quando observamos as cenas de violência da polícia em confronto com as pessoas e com os estudantes nos países europeus, ficamos envergonhados", disse o mandatário em Istambul, segundo o portal da emissora iraniana Irib.

Ele atestou que, "quando países que recorrem a interceptações, torturas, repressão e prisões sustentam que estão na primeira linha na defesa dos direitos humanos, isto me parece uma brincadeira repetitiva e pouco espirituosa".

Por sua vez, a agência iraniana FARS reportou que Ahmadinejad declarou em Istambul que as medidas de ajuste econômico impostas em vários países ocidentais são "a prova da derrota do capitalismo e de seu modo de administrar a sociedade humana".

Na Itália, os protestos têm sido protagonizados pelos estudantes, que rejeitam a proposta de reforma universitária da ministra da Educação, Mariastella Gelmini, cujo conteúdo já foi aprovado na Câmara dos Deputados.

A proposta prevê, entre vários pontos, a fusão de centros acadêmicos, a redução do poder dos reitores e a entrada nos conselhos administrativos de entidades de fora do mundo acadêmico, além de ajustes orçamentários.

Em 14 de dezembro, no dia de aprovação da confiança ao governo pelo Parlamento italiano, centenas de estudantes foram às ruas e se misturaram com outras manifestações contra o premier Silvio Berlusconi.

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