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Itália celebra entrada de Finlândia na Otan

Os protocolos de adesão da Finlândia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), assim como a ratificação dos outros 30 países-membros, foram entregue aos Estados Unidos, depositários do Tratado de Washington, para o trâmite no Departamento de Estado. Com isso, o governo de Helsinki torna-se oficialmente o 31º membro da Aliança.

Após meses de tratativas, a entrada dos finlandeses no grupo ocorreu após o Parlamento da Turquia ratificar o protocolo no dia 30 de março.

No entanto, os turcos não debateram a solicitação da Suécia, feita ao mesmo tempo pela Finlândia, por considerar que Oslo não quer extraditar pessoas consideradas terroristas para Ancara.

Vladimir Putin pudesse fazer algo semelhante contra seus países. Entre os principais pontos do estatuto da Otan, está uma cláusula que considera que um ataque a um de seus Estados-membros é uma ação contra toda a Aliança.

“Hoje é um dia histórico. Isso tornará a Finlândia mais segura e a Otan mais forte”, disse o secretário-geral do órgão, Jens Stoltenberg.

O líder da Aliança afirmou que “a partir de hoje, são 31 as bandeiras que tremulam juntas no quartel-general da Otan, como um símbolo de unidade e solidariedade”.

“Estou muito orgulhoso em dar as boas-vindas à Finlândia e espero que, o mais breve possível, também para a Suécia. A Finlândia agora tem os melhores e mais poderosos amigos do mundo.

Hoje mostramos ao mundo que Vladimir Putin fracassou, que a intimidação não funciona e que ele conseguiu o contrário do que queria. As nossas portas continuam abertas”, pontuou.

Também chamando o momento de “histórico”, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse que esse é um momento importante não só para a Otan, mas “para toda a comunidade global que luta pelos princípios fundamentais da Carta das Nações Unidas e que luta pela paz, estabilidade e segurança”.

O ministro italiano das Relações Exteriores, Antonio Tajani, ressaltou que “hoje é o 74º aniversário do Pacto Atlântico”. “A Itália, que está entre os países-fundadores da Aliança, confia o seu apoio ao papel da Otan na defesa da liberdade e da segurança. Dar as boas-vindas à Finlândia como novo membro é ainda o melhor meio para celebrar esse dia”, pontuou.

Já o ministro da Defesa, Guido Crosetto, celebrou a entrada finlandesa, mas ressaltou que o pedido mostra também que o mundo vive um momento de “insegurança”.

“A Finlândia sempre quis ser neutra. O fato que fez ela tomar essa decisão depende do fato que uma parte do mundo se sentiu mais insegura e isso não é uma notícia particularmente positiva.Mas, eu estou confiante que nos próximos dias poderemos nos recompor dessa decisão louca criada na Europa e que possamos seguir pelo caminho da paz”, disse referindo-se à guerra na Ucrânia.

Por sua vez, o porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, anunciou que serão tomadas “contramedidas” para garantir a “nossa própria segurança” por conta da adesão da Finlândia.

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