O ministro dos Assuntos Regionais, Turismo e Esporte, Piero Gnudi, apresentou ao Conselho de Ministros o primeiro plano estratégico para o desenvolvimento do turismo na Itália. O documento reflete uma análise profunda dos pontos de vulnerabilidade do setor turístico, indica sete diretrizes para a agenda do governo e propõe 61 ações específicas que podem ser implementadas em um período que varia de 3 meses a 5 anos e que se referem, entre outras, à melhoria da oferta, à hospitalidade, aos transporte e infraestrutura, mas também ao treinamento e capacitação dos operadores, além de investimentos.
O plano pretende criar "500 mil novos empregos e aumentar o PIB (Produto Interno Bruto) em € 30 bilhões até 2020", o que seria alcançado com o aumento das receitas do turismo internacional – que passariam de € 44 bilhões para € 74 bilhões, enquanto que os objetivos do plano preveem uma participação significativa do turismo doméstico, que ficaria em € 90 bilhões".
Na bacia do Mediterrâneo, o crescimento do turismo – revelou o documento -foi equivalente a +7,7% entre 2000 em 2010, e as previsões dizem que crescerá nos próximos anos 4,8%. No entanto, neste setor a Itália só cresceu 2% no período.
As regiões italianas mais procuradas pelos turistas são Veneto, Trentino, Toscana, Lombardia e Lazio, com uma ausência de todas as regiões do sul do país.
Entre os principais pontos de vulnerabilidade da indústria turística, o documento identificou, entre outros, a governança do setor (coordenação central fraca, excessiva fragmentação das políticas de desenvolvimento e de promoção no exterior), recursos insuficientes para Enit (a Agência italiana para o Turismo), infraestrutura insuficiente, treino inadequado dos recursos humanos, dificuldade em atrair investimentos internacionais (incerteza do contexto, principalmente em termos burocráticos e administrativos).
Das 61 ações intervenções eficazes nas áreas vulneráveis, constam várias diretrizes, que incluem a redefinição da governança do setor, fortalecendo o papel do ministro do Turismo; a recuperação da Enit; a melhoria da oferta, com foco em pelo menos dois grandes polos no sul do país e ilhas; transportes e infraestruturas, mas também investimentos internacionais.
O plano estratégico, que foi elaborado entre maio e outubro de 2012 por um grupo de trabalho nomeado pelo ministro, e será discutido com os operadores do setor por ocasião da inauguração da Bolsa Internacional do Turismo (BIT) em 14 de fevereiro na Feira de Milão.