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Tripulante desaparecida na Itália deveria retornar para casa

Saudade e incerteza marcam a família da tripulante brasileira do navio Costa Magica, Laís Santiago, desaparecida desde o dia 1º de junho. A jovem retornaria para Santos , no litoral de São Paulo, nesta quinta-feira (28). Sem respostas sobre o que aconteceu, a família quer que o advogado acompanhe as investigações em território italiano.

“Muita tristeza. Hoje é um dia que vai ficar marcado, onde nós não dormimos esperando, com angústia de tocar o telefone com ela dizendo que ela está viva em algum lugar. E para a mãe, principalmente, que precisa da filha, isso deixa o coração apertado”, diz Vânia Lima, madrinha de Laís.

A jovem desapareceu há quase um mês enquanto trabalhava em águas italianas. No dia 26 de maio, por telefone, Lais havia avisado a família que iria voltar para casa antes do fim do contrato. Ela não queria mais trabalhar a bordo. Mas algo ainda não descoberto pela família fez com que ela mudasse os planos. A tripulante foi vista pela última vez quando o transatlântico ancorou em Malta. De lá, o navio partiu para Catania. Os colegas notaram a falta da brasileira quando estavam há 30 quilômetros da costa.

O caso foi notícia na imprensa italiana. Na época, a capitania dos portos informou ao Consulado do Brasil em Roma que o sistema de monitoramento registrou as imagens de uma moça subindo ao convés e se lançando ao mar. Buscas foram feitas, mas até agora o corpo da jovem ainda não foi encontrado. “Como madrinha, eu posso dizer que acho que a Laís não está mais viva. Como mãe, digo que a esperança é a última que morre. Então, eu sei que no coração da mãe dela existe a esperança. E eu preciso da resposta para esta mãe que está sofrendo”.

A madrinha de Laís quer que o advogado contratado pela família viaje para a Itália para acompanhar o caso. Ela enviou uma carta pedindo para que a empresa responsável pelo navio pague as despesas. A empresa mandou uma carta manifestando apoio à família, mas não respondeu ao pedido. Na carta, apenas disseram que as investigações estão sendo tratadas em sigilo. “Ele sabe falar italiano, nós não sabemos. Então queremos que ele vá para nos ajudar a descobrir o que aconteceu realmente com a Laís. Disseram que ela se jogou do navio, mas não mostrou nada. Não temos as coisas dela, a fita, nada. Estamos no vazio. É uma jovem de 21 anos que foi ter um sonho lá fora e não voltou. Essa dificuldade de informações está fazendo com que a indignação fique ainda maior”.

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