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Deserções, não a guerra, tirarão Gaddafi, diz ministro italiano

Deserções entre os aliados mais próximos de Muammar Gaddafi, e não a ação militar ocidental, vão retirar o líder líbio, disse o ministro de Relações Exteriores da Itália.

Franco Frattini, que se reunirá com um membro proeminente dos rebeldes líbios na segunda-feira, falava após as notícias de que Moussa Koussa, ministro das Relações Exteriores da Líbia e um dos mais conselheiros mais próximos de Gaddafi, desertou e voou para a Grã-Bretanha.

"Não é por meio de ações de guerra que podemos fazer Gaddafi sair, e sim com uma forte pressão internacional para encorajar deserções de pessoas próximas a ele", afirmou Frattini à TV Canale 5.

"(Essas pessoas) já entendem ou entenderão muito em breve que o regime está isolado internacionalmente e que Gaddafi não pode ser parte de uma reconciliação nacional", disse ele.

A Itália, que foi o maior aliado europeu de Gaddafi antes que os tumultos irrompessem em sua ex-colônia no mês passado, só com relutância se uniu às operações militares contra suas forças neste mês, sentindo-se preterida por França e Grã-Bretanha.

Frattini disse estar em contato próximo com os rebeldes que lutam para encerrar as quatro décadas de Gaddafi no poder, e que conversará com Ali Essawi, a autoridade rebelde a cargo das relações exteriores, em Roma.

Ele ainda reiterou a visão italiana de que Gaddafi deveria se exilar e instou a União Africana a encontrar um país que lhe dê asilo.

(Reportagem de Silvia Aloisi – O Globo)

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