O ministro italiano das Relações Exteriores,Giulio Terzi, defendeu a aproximação da União Europeia (UE) com a América Latina e afirmou que a região "é um terreno privilegiado para desenvolver uma ação diplomática para o crescimento".
Em um artigo publicado na revista italiana Panorama, Terzi disse que, "com a possível conclusão de um acordo de associação entre a União Europeia e o Mercado Comum do Sul (Mercosul), a região pode se tornar parte integrante da maior área de livre comércio do mundo, com mais de 750 milhões de consumidores. Dessa forma, a "complementaridade entre os sistemas produtivos da Europa e da América Latina é, ao mesmo tempo, premissa e estímulo para perseguirmos objetivos comuns de crescimento e desenvolvimento".
Segundo ele "a Itália está pronta para desenvolver o papel de primeiro plano que lhe compete como parceiro natural da América Latina por tradições históricas, presença de imigrantes italianos, proximidade de valores e afinidades culturais".
"Os investimentos italianos na América Latina passaram de 3% para 16% do total europeu nas últimas décadas. As maiores empresas italianas estão presentes na região no setor energético, incluindo o de energias renováveis, e no de alta tecnologia", ressaltou.
"No Brasil, por exemplo, operam 700 estabelecimentos italianos. A mesma tendência é registrada no México, com 1,4 mil pequenas e médias empresas italianas", disse Terzi.
O chanceler participou de uma conferência em Milão sobre "Parceira Estratégia América Latina – União Europeia: Os desafios da globalização".
