O primeiro-ministro interino da Itália, Mario Monti, e o líder centro-esquerdista Pier Luigi Bersani se reuniram em busca de um acordo sobre a escolha de um novo presidente da República, algo crucial para o fim do impasse causado pela inconclusiva eleição de fevereiro.
Sete semanas depois da eleição geral, Monti continua interinamente à frente de um gabinete, mas reformas importantes estão paradas até que uma nova administração seja formada.
O bloco centro-esquerdista liderado por Bersani formou a maior bancada da Câmara, mas não obteve maioria no Senado. Ele se recusa a formar uma coalizão com o bloco de centro-direita do ex-premiê Silvio Berlusconi e foi esnobado pelo partido alternativo Movimento 5 Estrelas, terceira força parlamentar.
Na quinta-feira, o dividido Parlamento elege um novo presidente para substituir Giorgio Napolitano, cujo mandato termina em 15 de maio. A Itália possivelmente terá de ir às urnas novamente para resolver o impasse, mas a Constituição proíbe que um presidente em fim de mandato convoque um novo pleito.
Vários nomes têm sido citados como possíveis sucessores de Napolitano, mas nenhum favorito claro emergiu, e tudo indica que os partidos terão dificuldades para escolher uma personalidade capaz de simbolizar a unidade nacional.