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Valentino Rossi rouba a cena na Ferrari e deixa Alonso e Massa em segundo plano

Nem Felipe Massa nem Fernando Alonso. A grande estrela do primeiro dia do evento preparado por Ferrari e Ducati (MotoGP) para a imprensa foi Valentino Rossi.

Em Madonna di Campiglio, no norte da Itália, onde os dois times realizam anualmente o encontro com a mídia internacional, a presença do italiano acabou ofuscando a dupla de pilotos da F-1.

Fato inédito nas edições anteriores, torcedores com máquinas fotográficas e celulares nas mãos se acotovelavam na saída do local onde os pilotos concedem entrevistas para ver o nove vezes campeão do mundo (125 cc, 250 cc, 500 cc e MotoGP).

Justamente por despertar tamanha paixão nos tifosi, o piloto italiano fez questão de pedir paciência antes de iniciar sua primeira temporada pela também italiana Ducati.

"Sei que a torcida quer que eu já comece o ano vencendo, mas isso vai ser difícil", afirmou Rossi em sua primeira entrevista como piloto Ducati, hoje.

"Infelizmente vou precisar de algum tempo e sei que não vou ter. Espero que me entendam."

Os motivos para o discurso cauteloso são dois. O primeiro é o fato de ter se submetido a uma operação no ombro, em novembro.

O segundo, decorrência do primeiro, é o fato de não poder testar tanto quanto gostaria antes de fazer sua estreia no novo time –ele deixou a Yamaha após sete temporadas por desentendimentos com seu companheiro de time, o espanhol Jorge Lorenzo, campeão em 2010.

"É uma pena porque sei que não estarei 100% fisicamente nos testes na Malásia, a partir do dia 1º, e depois, no início da temporada. Acho que só vou atingir minha melhor forma em maio ou junho", calculou Rossi.

O problema no ombro começou depois de uma queda quando corria de motocross, em abril. Dois meses depois, outra queda, desta vez mais grave. O resultado foi uma fratura na perna e quatro corridas de molho em casa.

Para não perder ainda mais provas e poder realizar seu primeiro teste pela Ducati no final da temporada passada, Rossi adiou ao máximo a cirurgia no ombro. Mas, diferentemente do que os médicos esperavam, a lesão era mais grave que o imaginado.

"Sinceramente pensava estar em melhores condições a esta altura e vai ser uma luta para começar bem o ano. Vai ser uma luta contra o tempo", falou o italiano, que considera este o maior desafio de sua carreira.

"Quando comecei na Yamaha foi difícil porque minha moto não era boa. Agora vai ser ainda mais complicado porque eu estou fora de forma e já não tenho mais 20 anos", completou ele, que fará 32 anos em fevereiro.

"Apesar de tudo estou empolgado para voltar a correr. O importante é manter a calma e esperar, sempre fazendo o máximo que posso para ser competitivo o mais rápido possível", disse Rossi, que foi campeão em seu ano de estreia na Yamaha.

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