O ex-presidente da agência de notícias Ansa Boris Biancheri morreu, aos 80 anos, em Roma, na clínica Villa Margherita, onde ele estava internado.
Diplomata, jornalista e escritor, ele dirigiu a agência entre os anos de 1997 e 2009, cargo que o permitiu presidir, durante quatro anos, de 2004 a 2008, a Federação Italiana de Editores de Jornais (Fieg, na sigla em italiano).
Biancheri iniciou suas atividades diplomáticas em 1956 e na década de 1980 foi embaixador da Itália em Tóquio e Londres.
Entre 1991 e 1995, ele atuou nessa mesma função em Washington.
No Ministério das Relações Exteriores, Biancheri exerceu, entre outros, o cargo de diretor-geral de assuntos políticos e de secretário-geral.
Após deixar a Chancelaria, em 1997, além de se tornar presidente da ANSA, ele também assumiu a direção do Instituto para o Estudo de Política Internacional (Ispi).
O diplomata também era colunista de política internacional do jornal La Stampa e romancista. Sua última obra de ficção, "Elogio del silenzio", foi publicada no ano passado.
Sua morte comoveu políticos e intelectuais do país.
O ministro das Relações Exteriores, Franco Frattini, manifestou suas "mais sinceras condolências" à família e afirmou que este é um momento de "grande tristeza".
"Se trata de uma grande perda para a diplomacia italiana", acrescentou o ministro, em nota.
Segundo Frattini, "Biancheri foi um dos diplomatas mais brilhantes das últimas décadas" e "honrou o serviço diplomático e o nosso país, combinando seu alto valor cultural e sua sólida experiência em todos os aspectos da realidade internacional com uma profunda sensibilidade institucional".
O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, também expressou sua tristeza pela morte do ex-embaixador.
"O conheci no auge de sua atividade como um diplomata por excelência, que ganhou alto prestígio internacional e respeito geral na Itália", declarou, por meio de um comunicado.
Para Napolitano, o ex-presidente da ANSA era "um homem de profundo conhecimento específico e cultura geral, de vasta experiência e excepcional fineza e garbo, com o qual aprendi muito".
Sua morte, completou, "representa uma grande perda para a Itália e pessoalmente para muitos de nós".