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Motorista morre durante protestos na Itália

Um motorista italiano morreu durante um protesto realizado pelos trabalhadores do sistema de transporte terrestre do país.

Massimo Crepaldi, de 46 anos, foi atropelado por uma caminhoneira alemã de 52 anos na estada estadual 10, em Asti, na região de Piemonte. Ela não participava das manifestações, que começaram ontem.

O sindicato dos trabalhadores e condutores de veículos de transporte terrestre da Itália (Trasportounito) anunciou ontem uma greve geral.

As manifestações são contra o aumento no preço da gasolina e dos pedágios, entre outras coisas.

Muitos caminhões bloqueiam as pistas e rodovias italianas. Em alguns pontos, como em Salerno, os grevistas entraram em confronto com a polícia.

Em entrevista à ANSA, o vice-presidente da Comissão Europeia e responsável pela política industrial do bloco, Antonio Tajani, afirmou hoje que a Itália "deve garantir a circulação das cargas".

Ele comentou, porém, que a ministra italiana do Interior, Anna Maria Cancellieri, assegurou "que o governo fará o necessário" diante dos protestos.

Por sua vez, o presidente da Associação de Garantia à Greve, Roberto Alesse, disse que a paralisação dos motoristas "lesa a liberdade de circulação dos cidadãos".

"Quem quer entrar em greve, pode fazê-lo, é um direito sagrado, mas deve-se respeitar as leis. Em época de profunda crise econômica e social, é mais que legítimo reivindicar os próprios direitos, mas em um quadro de legalidade e respeito ao direito dos outros", afirmou Alesse.

Desde semana passada, taxistas italianos realizaram protestos contra mudanças no setor, principalmente na concessão de licenças para táxis, que tem a intenção de intensificar a concorrência.

Essas mudanças fazem parte de um plano de medidas proposto pelo primeiro-ministro Mario Monti para recuperar a economia.

Depois de uma greve nacional ontem, os taxistas resolveram voltar parcialmente às ruas nesta terça-feira.

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