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Imigrantes morrem afogados a caminho da ilha italiana de Lampedusa

Pelo menos onze imigrantes vindos da Líbia morreram na tentativa de chegar a Lampedusa, em Itália, depois de a embarcação em que viajavam ter naufragado.

Entre os mortos estava um bebê, tendo apenas sido resgatadas seis pessoas das 17 que ocupavam a embarcação. Os passageiros eram da Somália, do Sudão e do Bangladesh e residiam na Líbia.

A guarda costeira tunisina resgatou, durante a madrugada, 300 imigrantes de uma outra embarcação com destino à ilha italiana, onde ontem o primeiro-ministro italiano fez um discurso sobre a urgência de “esvaziar Lampedusa de imigrantes”.

Berlusconi prometeu retirar no prazo de dois a três dias todos os milhares de imigrantes ilegais que se acumulam na ilha. A população de Lampedusa – de cinco mil pessoas – vive, actualmente, numa co-habitação forçada com seis mil imigrantes.

Em Lampedusa chegaram cerca de 19 mil imigrantes, desde a queda do Presidente tunisino, Zine al-Abedine Ben Ali, no início do ano.

Na manhã desta quinta-feira, Itália fez, mais uma vez, o apelo aos países da União Europeia para acolherem imigrantes tunisinos no seu território.

“Os imigrantes que estão em Itália devem ser repatriados para a Tunísia ou repartidos entre os vários países europeus. Nós assistimos a uma ausência de solidariedade descarada, a começar por parte da França”, disse o ministro italiano dos Negócios Estrangeiros, Franco Frattini, durante uma emissão televisiva.

A Itália acusa, regularmente, a União Europeia de ter abandonado a luta contra a imigração clandestina, enquanto a Comissão Europeia relembra a Itália que deve encarregar-se dos imigrantes económicos que desembarcam no seu território.

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