Dicas Culturais

MUSEU DE ARTE SACRA DE SÃO PAULO

Localizado no Mosteiro da Luz, fundado e construído em taipa de pilão por Frei Galvão por volta de 1774 o Museu de Arte Sacra é considerado um dos mais importantes monumentos arquitetônicos coloniais paulistas.

Este monumento foi fundado e construído por Frei Antônio de Sant 'Anna Galvão, em 1774, encerrado na última chácara conventual urbana, no Bairro da Luz, coração da cidade de São Paulo.

Sua capela, a Igreja da Luz, inaugurada em 1802, é um raro exemplo de planta octogonal do período, compondo o conjunto arquitetônico do Mosteiro da Luz e acolhe, ainda hoje, com sobriedade, ritos religiosos.

No seu interior, protegido por suas imponentes paredes de taipa, preserva-se o clima de silêncio e meditação quer seja no secular recolhimento das Irmãs Concepcionistas – que ainda hoje se dedicam à oração e ao trabalho -, como nas dependências do Museu de Arte Sacra de São Paulo, ali instalado desde 1970, com a vocação de preservar e divulgar ao público um dos mais significativos acervos museológicos do patrimônio sacro brasileiro.

O museu de Arte Sacra de São Paulo foi criado e é mantido graças a um convênio estabelecido entre a Mitra Arquidiocesana de São Paulo e o Governo do Estado de São Paulo e detém um conjunto de cerca de 4.000 peças, provenientes das principais igrejas e das mais recônditas capelas do Brasil, do século 16 até os nossos dias.

Destacam-se imagens sacras, prataria e ourivesaria religiosas, pintura, mobiliário, retábulos, altares, vestimentas sacras e livros litúrgicos raros.

Enfim, uma preciosa coleção que ostenta obras de autores de grande importância, destacando-se entre eles Antônio Francisco Lisboa, "Aleijadinho", Frei Agostinho da Piedade, Frei Agostinho de Jesus, Manoel da Costa Athayde, Padre Jesuíno do Monte Carmelo, entre outros tantos anônimos cuja produção artística não visava o renome, mas voltava-se apenas ao culto divino.

Este significativo conjunto de obras foi composto, desde o início do século passado a partir da criteriosa e ao mesmo tempo ousada coleta de peças organizada pelo primeiro arcebispo de São Paulo, Dom Duarte Leopoldo e Silva, e ampliou-se progressivamente, graças à política de aquisições estabelecida pelo Governo do Estado de São Paulo, na década de 70.

Destacam-se, no acervo do Museu de Arte Sacra, duas outras vertentes tipológicas: o Museu de Presépios com cerca de 3.800 peças, que compõe singulares conjuntos presepistas, oriundos de diferentes países e regiões, produzidos em técnicas diversificadas, numa trajetória secular que perpassa desde o Presépio Napolitano, com 1.500 peças – um dos últimos conjuntos do gênero ainda remanescentes no mundo – até excêntricas configurações natalinas de nossos dias.

O Presépio Napolitano foi doado pelo italiano Ciccilio Matarazzo, grande precursor da arte em São Paulo.

O Museu de Arte Sacra de São Paulo convive harmoniosamente com o Mosteiro da Luz, monumento arquitetônico, compondo o cenário apropriado para a preservação e divulgação de uma das mais eloqüentes representações do imaginário religioso.

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