
O apresentador de talk show americano Jimmy Kimmel revelou que tirou a cidadania italiana para escapar de eventuais repressões por parte do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que já insinuou ameaças contra o comediante.
A declaração foi dada pelo anfitrião do programa “Jimmy Kimmel Live!”, da emissora ABC, em entrevista ao podcast da humorista Sarah Silverman.
“Eu tirei a cidadania italiana. O que está ocorrendo é tão ruim quanto você poderia imaginar. É muito pior, realmente inacreditável. Eu sinto que provavelmente é até pior do que ele gostaria”, disse Kimmel.
Em junho, o comediante nova-yorkino participou de uma festa pelo Dia da República Italiana em Los Angeles e contou que a família de sua avó Edith era proveniente de Candida, no sul da Itália, e que dois bisavós fugiram de Ischia, também na parte meridional do país, após um terremoto devastador em 1883, que matou “a maior parte da família”.
Recentemente, Trump comemorou o cancelamento do programa de entrevistas “The Late Show”, de Stephen Colbert, apresentador crítico do magnata, e indicou que Kimmel e Jimmy Fallon, que comanda um talk show no canal NBC, poderiam ser demitidos. Ambos têm usado seu espaço na TV para questionar o governo republicano.
“O que estão dizendo, e de forma séria, é que Jimmy Kimmel é o próximo a cair, e logo depois, Fallon também vai cair. Essas pessoas não têm absolutamente nenhum talento e recebem milhões de dólares para destruir o que costumava ser uma ótima televisão. É muito bom vê-los caindo, e eu espero ter contribuído para isso”, escreveu o presidente nas redes sociais em julho.