Em um momento em que a Itália, o país mais endividado da Europa, enfrenta a sua pior recessão desde 1975, a Igreja Católica está intervindo para ajudar os cidadãos com problemas financeiros.
Quem perde o posto de trabalho neste país recebe o mais baixo seguro-desemprego entre os 30 integrantes da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE): no máximo, 40% de seus salários anteriores, até o limite de mil euros por mês, por um período não superior a seis meses.
Para ajudar famílias de desempregados com mais de três filhos, um membro portador de deficiências ou idoso, a Igreja italiana criou um fundo de garantia de 30 milhões de euros.
Com esta verba, serão fornecidos empréstimos e subsídios mensais de no máximo 500 euros. A quantia emprestada deverá ser restituída em até cinco anos, acrescida de uma taxa de juros mínima.
Segundo informou o secretário da Conferência Episcopal Italiana (CEI), Dom Mariano Crociata, com este dinheiro, as famílias que atravessam momentos difíceis poderão pagar o aluguel ou a hipoteca de suas casas.
O mecanismo funcionará graças a um acordo alcançado entre a CEI e a Associação Bancária Italiana (ABI). No dia 31 de maio, será promovida uma coleta nacional, e os bancos decuplicarão a quantia arrecadada.
De 20 a 30 mil famílias serão beneficiadas com a iniciativa.