A União Europeia recebeu mais de 185 mil solicitações de asilo no primeiro trimestre deste ano, informou o instituto de estatísticas Eurostat.
O número é 86% maior do que o registrado no mesmo período de 2014 – mas é estável na comparação com o último trimestre do ano passado. Os kosovares são os que mais requereram o benefício: foram quase 50 mil solicitações (26% do total). Sírios (16%) e afegãos (7%) são as outras populações que mais pediram asilo nos países europeus.
Já entre as nações, a Alemanha foi quem teve a maior demanda de requisições, com 73,1 mil pedidos (40%). Hungria (32,8 mil, 18%), Itália (15,2 mil, 8%) e França (14,8 mil, 8%) vêm logo na sequência.
A questão da crise imigratória está causando muita polêmica entre os líderes europeus, que debatem nesta e na próxima semana, soluções para o problema. Atualmente, a Itália e a Grécia são as portas de entrada favoritas dos traficantes de seres humanos que atuam no Mediterrâneo. Por isso, ambos os países pedem mais ajuda da União Europeia para resolver a questão.
Gastos financeiros
Outro estudo divulgado pelos jornalistas europeus do "Migrant's Files" informou que os países da União Europeia deverão gastar "ao menos, 11,3 bilhões de euros" nos próximos 15 anos para receber os imigrantes.
Os pesquisadores também estimam que os traficantes de pessoas recolham, no mesmo período de tempo, mais de 16 bilhões de euros fazem o transporte ilegal de imigrantes de várias partes do mundo.
Desabrigados
Também hoje, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) divulgou um relatório com o número de "imigrantes forçados" – refugiados, solicitantes de asilo ou desabrigados – que estão no Velho Continente.
Até o final de 2014, eram 6,7 milhões de pessoas que precisaram de ajuda na região, um aumento de 4,4 milhões na comparação com o fim de 2013. A maior parte deles são sírios que fugiram para a Turquia ou ucranianos que encontraram refúgio na Rússia, explicou a ONU.
A entidade ainda destacou que a Turquia se tornou a nação que mais acolhe refugiados no mundo, sendo que há quase 1,6 milhão de pessoas morando nessa condição em seu território.
