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Novo livro tenta explicar apelo de Meloni como 1ª mulher premiê da Itália

Um livro potencialmente polêmico, escrito por um dos principais jornalistas de direita da Itália, busca explicar o apelo de Giorgia Meloni como a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra do país.

Com 256 páginas, o livro “Giorgia, a Filha do Povo”, de Italo Bocchino, será lançado em 24 de fevereiro e promete gerar controvérsia. No extenso ensaio, publicado pela editora Solferino, ele explica “Por que os italianos gostam de Meloni”.

De acordo com Bocchino, ela é um exemplo de sucesso, assim como o falecido Silvio Berlusconi, que também ascendeu de origens humildes e se comunica com seu eleitorado de forma cativante e direta — ao contrário dos esquerdistas radicais que a criticam.

“As eleições comprovaram, as pesquisas confirmam: os italianos gostam de Giorgia Meloni”, diz ele, enfatizando que a premiê é popular no verdadeiro sentido da palavra e ama o povo ao qual pertence.

De acordo com a introdução da editora, Meloni está “longe do esnobismo de certa esquerda, mas ainda ambiciosa, e — ainda mais do que Berlusconi antes dela — é a personificação do ‘sonho italiano’: fazer por si mesma, alcançar o sucesso.”

Bocchino reconta as principais etapas da trajetória pessoal e política de Meloni, com anedotas e histórias de bastidores, explicando o “fenômeno do ‘Melonismo’ como uma revolução de veludo, possibilitada pela determinação, mas também pela adesão aos valores e à identidade de todo um povo.”

O livro destaca a linguagem direta, o senso natural de proximidade e o talento relacional que transformaram Meloni em uma líder atípica no cenário ocidental.

O autor enriquece sua análise com entrevistas exclusivas com membros importantes do “círculo mágico” de Meloni, incluindo sua irmã Arianna e seu braço direito, Giovanbattista Fazzolari.

A expectativa é que o ensaio bem pesquisado e perspicaz, que não se esquiva da controvérsia, certamente suscitará muitos debates.

Bocchino, de 58 anos, atua como jornalista há 35 anos. É diretor editorial do antigo órgão oficial do partido neofascista Secolo d’Italia, atualmente vinculado ao partido de direita Irmãos da Itália (FdI), de Meloni, e comentarista de televisão na emissora independente de esquerda La7.

Ele também foi deputado por quatro mandatos, de 1996 a 2013, e é apaixonado por viagens, gastronomia, música clássica e literatura francesa do século XIX. Com a Solferino, também publicou “Por que a Itália é de direita”, em 2024. 

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