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Quase sete meses após terremoto, cidade italiana de Amatrice ganha novas casas

Quase sete meses após o terremoto de 24 de agosto de 2016, a cidade de Amatrice, no centro da Itália, ganhou as primeiras 25 casas destinadas a moradores desalojados pelo tremor de terra.

Feitas com estruturas pré-fabricadas de madeira, as residências são similares àquelas construídas depois do sismo de L’Aquila, em 2009, mas foram duramente criticadas pelos desabrigados. “Estamos cansados, é preciso dizer, sete meses para entregar essas casas, que nem casas são. Estou mais que nervosa, estou desiludida. Sete meses para ter 25 contêineres disfarçados de casa”, disse a desalojada Rita D’Annibale, que, ao lado de outros moradores, interrompeu várias vezes a cerimônia de entrega das habitações.

Além disso, Amatrice continua tomada por escombros e avança a passos lentos nas obras de reconstrução. “Aqui não se fez nada, e quem está aqui não é capaz de gerir a situação. Que se demitam todos”, atacou D’Annibale.

Já as autoridades preferiram adotar um tom positivo. “Hoje é mais uma etapa. Cada resultado que se obtém é fruto do trabalho de muitos homens. Agradeço a eles, incluindo quem não está mais aqui”, afirmou o prefeito de Amatrice, Sergio Pirozzi.   

Por sua vez, o governador da região do Lazio, Nicola Zingaretti, declarou que a entrega das casas marca o “retorno” da cidade.   

“Neste lugar, assumimos o compromisso de desmontar as tendas para fazer os cidadãos de Amatrice voltarem”, salientou.   

Com apenas 2,6 mil habitantes, o município foi o mais atingido pelo terremoto de 24 de agosto, contabilizando 238 mortos. A cidade é conhecida pelo molho à matriciana e pelas suas construções históricas.   

Em 2015, entrou para o guia “I borghi più belli d’Italia” (“Os vilarejos mais belos da Itália”), que reúne locais pitorescos com o melhor da tradição do país. Passados quase sete meses do tremor, Amatrice agora luta para se reconstruir, já que a maioria de seus prédios foi ao chão com o sismo.

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