
O corpo de um padre jesuíta italiano, que foi sequestrado na Síria em 2013, teria sido encontrado em uma vala comum no país do Oriente Médio, informou a revista semanal “Oggi”.
A publicação afirma que o bispo armênio-católico de Qamishli, monsenhor Antraz Ayvazian, anunciou a descoberta, enquanto que a confirmação foi feita pelo núncio apostólico em Damasco, cardeal Mario Zenari. “Fui informado ontem à noite”, disse.
O texto destaca que “o cadáver de um homem com vestes religiosas, que se acredita ser o do padre Paolo Dall’Oglio, foi encontrado em uma vala comum perto de Raqqa, na Síria”.
Em declaração à agência Ansa, o bispo de Qamishli disse que Dall’Oglio, que desapareceu em 29 de julho de 2013 no norte da Síria, onde havia ido negociar a libertação de alguns reféns, foi assassinado pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI) na Síria, na ocasião.
“Já faz sete anos que notei e informei a Nunciatura Apostólica que, segundo minhas fontes, o padre Paolo Dall’Oglio havia sido morto por um emir (um comandante) do EI, um saudita cuja confissão também apareceu no ‘The Guardian’ e em um jornal árabe publicado em Londres, onde esta notícia de duas linhas estava na primeira página”, relatou o religioso.
Ayvazian explicou ainda que estão em andamento contatos com o mensageiro papal e a embaixada para verificar a descoberta, relatada a ele por um jornalista muçulmano. “Comuniquei este nome à Embaixada da Itália e à Nunciatura Apostólica. Precisamos apurar ainda mais a veracidade desta descoberta”, acrescentou ele à agência Ansa.
De acordo com Ayvazian, “as indicações sobre a localização da descoberta e a identificação do padre Paolo ainda não são precisas” e, portanto, foi preciso entrar em contato com os jesuítas presentes na área, mas ainda não conseguiu a confirmação.
Apesar disso, a irmã do sacerdote, Francesca Dall’Oglio, não se convenceu e se mostrou cética em relação à notícia. “Tem havido muitas notícias falsas (sobre isso) nos últimos anos. Não acho que essa notícia seja verdadeira. Há rumores de um corpo usando vestes religiosas, mas meu irmão estava usando roupas civis”, afirmou ela à Rainews 24.