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Papa Bento XVI critica leis para instituir monopólio estatal no ensino

O papa Bento XVI criticou o monopólio estatal sobre a educação que ocorre "em certos países da América Latina", e convidou "todos os governos" a garantir o direito das famílias sobre a educação dos filhos. 

O Pontífice, durante a audiência com o corpo diplomático credenciado na Santa Sé, afirmou que é "preocupante" que o "serviço que a comunidade religiosa presta a toda a sociedade, em particular para a educação das jovens gerações, esteja comprometido ou dificultado por conta da criação de uma espécie de monopólio estatal no ensino, como se verifica em alguns países da América Latina".

"Exorto todos os governos a promoverem sistemas educativos que respeitem o direito primordial da família de decidir sobre a educação dos filhos e que se inspirem no princípio de subsidiariedade, fundamental para organizar uma sociedade justa", continuou. 

O líder máximo da Igreja Católica também recordou que muitos países da região têm celebrado o bicentenário de independência e apontou que esta é uma ocasião "propícia para se recordar a contribuição" da instituição na "formação da identidade nacional".

Em seu discurso Bento XVI também deu destaque à tolerância e à liberdade religiosa: "Reconhecer a liberdade religiosa também significa garantir que as comunidades religiosas operem livremente na sociedade, com iniciativas nos setores social, de caridade ou educativo. (…) Em todo o mundo é possível ver o fruto do trabalho da Igreja Católica nestes campos". 

Joseph Ratzinger ainda elogiou a postura do governo italiano em 2010 de desobedecer à diretriz da Corte Europeia de Direitos Humanos da União Europeia (UE), de banir o crucifixo de locais públicos e agradeceu às instituições e países que apoiaram tal decisão. 

"Desejo expressar minha gratidão às autoridades desta nação e a todos aqueles que se comprometeram com seu apoio (…), crentes e não crentes, que manifestaram sua devoção a este símbolo portador de valores universais", disse o Papa. 

Na recitação do Angelus de ontem (9) o Pontífice abordou a situação do Haiti, após um ano do terremoto que matou 250 mil pessoas, e hoje anunciou uma ajuda do Vaticano de US$ 1,2 milhão ao país. 

O cardeal Robert Sarah, presidente do Pontifício Conselho "Cor Unum", será enviado à nação com a ajuda econômica e uma mensagem do Papa.

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