Desde o início da tragédia na Regione Abruzzo o Papa Bento XVI mostrou-se preocupado com as vítimas, mas, especialmente, com aqueles que continuavam vivos e tinham perdido família e casa.
Além de ter feito orações e ter enviado autoridades católicas representando-o, disse, em comunicado oficial, que iria para a região assim que possível.
O dia chegou e o Papa encaminhou-se primeiro a Onna, uma das cidades mais atingidas.
Antes de abraçar um a um discursou dizendo que "veio pessoalmente nesta terra esplêndida e ferida, que está vivendo dias de grande dor e precariedade…fiquei junto com vocês, em oração, desde o primeiro momento, e segui com apreensão as notícias, condividindo o vosso sofrimento e as vossas lágrimas".
Afirmou, também, que "agora, como no passado, vocês não se renderam e não perderam o ânimo, o que suscita esperança para um rápido restabelecimento".
Mostrando-se preocupado com o futuro, instigou instituições e empresas a auxiliarem para que tudo seja feito da melhor maneira e que garanta, no futuro, a segurança dos moradores. Pediu, também, para que as autoridades políticas não se esqueçam deles.
Em seguida foi para L'Aquila, parando primeiro na Basílica de Santa Maria de Collemaggio, que ficou parcialmente destruída com os sismas, onde deixaram expostas "le spoglie" do Papa Celestino V. Abriu a Porta Santa, fechada desde o começo dos tremores, e depositou em uma urna, como donativo, a estola que usou no dia que iniciou seu pontificado.
Agradeceu ao Corpo de Bombeiros os trabalhos desenvolvidos e os incansáveis esforços realizados em busca de possíveis sinais de vida debaixo dos escombros.
Encaminhou-se à Casa dos Estudantes para conversar com 12 universitários, que aproveitaram para conceder-lhe uma carta, e finalizou sua visita na escola da Guarda das Finanças de Copitto. O prefeito Massimo Caliente e o presidente da Regione Abruzzo, Gianni Chiodi, estavam aguardando a sua passagem.
No final de sua visita recomendou que "a comunidade civil deve fazer um sério exame de consciência para que não se diminua o grau de responsabilidade de cada um neste momento, e assim L'Aquila, mesmo ferida, volte a se levantar".
Bento XVI voltou para o Vaticano de carro, pois o mau tempo que está atingindo a Itália não lhe permitiu nem voltar de helicóptero e nem sobrevoar os locais mais destruídos, como o pontífice havia pedido.
Mais dois abalos sísmicos foram verificados, um deles enquanto a comitiva estava em Onna, este na casa de 2,7o na escala Richter, e o outro de 2,5.
