Catolicismo Romano

Papa celebra missa da Paixão e pede paz no mundo

O papa Francisco realizou a missa da Paixão do Senhor e pediu uma paz “duradoura” no mundo.

A celebração ocorreu na Basílica de São Pedro, no Vaticano, em meio à invasão da Ucrânia pela Rússia, e não teve restrições de público pela primeira vez desde o início da pandemia de Covid19.

“Deus onipotente e eterno, estão em tuas mãos as esperanças dos homens e os direitos de todos os povos. Auxilie com sua sabedoria aqueles que nos governam para que, com sua ajuda, promovam em toda a Terra uma paz duradoura, a prosperidade dos povos e a liberdade religiosa”, disse Francisco durante sua oração.

“Deus misericordioso e forte, aniquile as guerras e abaixe os orgulhosos, afaste horrores e lágrimas da humanidade o quanto antes para que todos possamos ser chamados verdadeiramente de teus filhos”, acrescentou.

Como de costume, a homilia da missa da Paixão ficou a cargo do pregador oficial da Casa Pontifícia, cardeal Raniero Cantalamessa, que também aludiu à guerra na Ucrânia.

“Neste ano celebramos a Páscoa não sob o som alegre dos sinos, mas sim com o barulho sinistro de bombas e explosões devastadoras que acontecem não longe daqui. Uma coisa que os eventos recentes nos lembram é que os equilíbrios do mundo podem mudar de um dia para outro”, disse.

Segundo Cantalamessa, existe apenas uma maneira de “subtrair-se à corrente do tempo que arrasta tudo consigo”. “Colocar os pés em terra firme. Páscoa significa passagem. Façamos todos uma verdadeira Páscoa neste ano. Passamos Àquele que não passa”, acrescentou.

Dores

Com dores crônicas nas pernas, o Papa quebrou uma das tradições da missa da Paixão do Senhor e não rezou deitado no chão diante do crucifixo da Basílica de São Pedro.

O líder da Igreja Católica apenas parou para uma oração silenciosa e com a cabeça inclinada. Nos anos anteriores, Jorge Bergoglio sempre fez questão de se prostrar no piso da basílica, mas as recorrentes dores nos joelhos forçaram a Santa Sé a promover mudanças nas liturgias para não cansá-lo excessivamente.

“Minha saúde anda um pouco caprichosa. Tenho esse problema no joelho que me causa dificuldades para andar”, revelou Francisco no último dia 3 de abril, ao voltar de uma viagem para Malta.

O Papa tem 85 anos e também sofre de problemas crônicos no ciático, nervo que vai do fim da coluna lombar até os pés.

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