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FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL: Apesar de agenda ambiciosa, a Itália ainda corre riscos

A Itália iniciou "uma agenda ambiciosa para garantir a sustentabilidade e promover o crescimento, mas, apesar desses esforços de consolidação, ainda está vulnerável" por conta da crise na zona do euro, com os spreads que "continuam altos", disse o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Para o organismo internacional, a economia italiana deve sair da recessão no início de 2013, mas continuará a se contrair este ano, "por causa da consolidação orçamentária, das condições financeiras apertadas e da desaceleração global". No entanto, "sem as reformas, o crescimento em potencial continuará fraco".

"Os bancos italianos ainda confiam fortemente no apoio financeiro do Sistema do Euro e, para suportar a crise, devem manter os níveis de capital e liquidez adequados", diz ainda o FMI, acrescentando que os bancos "reforçaram sua posição com avanços que variam de banco para banco".

O FMI promoveu a revisão de gastos. "O recente pacote de cortes anunciado pelo governo italiano é um passo na direção certa. Os planos de curto prazo do orçamento, especifica o FMI, são fundamentais para a sustentabilidade, mas pode ser feito mais no médio prazo para fortalecer as perspectivas".

O presidente do BCE (Banco Central Europeu), 
Mario Draghi, também apoiou em Bruxelas, no Parlamento Europeu, as reformas empreendidas pelo governo italiano contra a crise econômica na zona do euro.

"As reformas da Itália para aumentar a competitividade, reduzir a carga administrativa e aumentar a flexibilidade do mercado de trabalho são passos importantes", declarou Draghi, observando que a reforma trabalhista e as ações de revisão de gastos "ajudarão a alcançar os objetivos de equilíbrio" no país. 

Segundo ele, "há um vislumbre de esperança em um cenário europeu sombrio, mas os governos devem insistir em reformas corajosas e necessárias" e agora, após a emergência, "principalmente os países que aumentaram os impostos para restaurar as contas e fizeram reformas importantes, deverão ser orientados no corte de gastos e na diminuição da carga fiscal".

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