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Giorgia Meloni aceita encontrar com oposição para discutir salário mínimo

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, aceitou se reunir com líderes da oposição para discutir a criação de um salário mínimo no país, após a tramitação do projeto de lei ser suspensa na Câmara dos Deputados.

A informação foi divulgada pelo subsecretário da Presidência do Conselho de Ministros, Alfredo Mantovano, que disse que as negociações estão ocorrendo no “espírito de uma relação institucional construtiva”.

“Confirmo que na tarde de sexta-feira, dia 11, uma delegação do governo, chefiada pela primeiraministra, se reunirá com as forças políticas da oposição para ouvir as propostas por elas articuladas sobre o salário mínimo, em um espírito de relações institucionais construtivas”, disse ele.

Após o anúncio, a secretária do Partido Democrático (PD), Elly Schlein, confirmou que participará do encontro com “espírito construtivo, mas sem esquecer as declarações e críticas da maioria dos últimos meses, a começar pelas da premiê”.

Os líderes da oposição já chegaram a realizar uma reunião antes do embate com Meloni. Na ocasião, o partido Itália Viva (IV) confirmou sua intenção de não participar por não ser signatário da proposta, segundo o ex-premiê e senador Matteo Renzi.

Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou uma moção apresentada pela coalizão de apoio ao governo Meloni para suspender por 60 dias a análise do projeto de lei da oposição que previa a criação de um salário mínimo de nove euros (R$ 47) por hora na Itália, que atualmente não tem piso estabelecido por lei.

A decisão provocou indignação na oposição italiana e parlamentares das siglas Movimento 5 Estrelas (M5S) e Partido Democrático anunciaram a abertura de um abaixo-assinado a favor do projeto. Inclusive, Schlein acusou a coalizão governista de “fugir diante de um problema real”. Já o ex-premiê e líder do M5S, Giuseppe Conte, alertou a administração Meloni contra “aparecer em outubro com propostas astutas que buscam criar uma brecha entre trabalhadores mal pagos”.

Por sua vez, o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, reforçou que a Itália não precisa de um salário mínimo, argumentando que é uma medida de estilo soviético.

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