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Presidente do banco “Bundesbank” adverte Itália sobre consequências da não realização de reformas

O presidente do banco alemão Bundesbank, Jens Weidmann, advertiu a Itália que abandonar as reformas teria consequências que a população e os políticos italianos teriam que enfrentar.

"Os cidadãos e o Governo decidem sobre o curso da política nacional e eles têm que assumir as consequências", disse Weidmann à revista "Focus", que publicará as declarações na edição da próxima semana. "Se na Itália importantes atores políticos discutem sobre pôr fim às reformas ou inclusive sobre uma saída da Itália do euro e isso faz com que os juros para a dívida italiana subam, não se pode ver isso como motivo para uma intervenção do Banco Central Europeu", acrescentou.

Os resultados das eleições italianas, há três semanas, deixaram uma situação que dificulta a formação de um Governo estável, e um dos vencedores do pleito, Beppe Grillo, não parece ver o futuro de seu país dentro da eurozona. Em declarações publicadas pelo periódico alemão "Handelsblatt" na última semana, Grilo disse que, "de fato, a Itália já está fora do euro". Weidmann, em suas declarações à "Focus", destacou que cada país tem uma responsabilidade própria e que um financiamento permanente por parte do BCE é algo que está descartado pelos tratados.

O presidente do Bundesbank ainda advertiu que é perigoso pensar que o pior da crise do euro já passou e disse que esta só estará superada quando forem efetuadas e estiverem concluídas em todos os países as reformas estruturais para aumentar a competitividade. 

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