
O Papa Leão XIV celebrou no Vaticano uma missa por ocasião do Jubileu do Esporte e destacou que a atividade esportiva carrega um reflexo da beleza de Deus, além de pavimentar uma estrada em direção da paz.
O pontífice americano destacou que as modalidades ajudam as pessoas a encontrar Deus por exigirem um “movimento do eu em direção ao outro”.
“A combinação Trindade e esporte não é exatamente de uso comum, mas a comparação não é descabida. Toda boa atividade humana, de fato, traz em si um reflexo da beleza de Deus, e o esporte certamente está entre elas”, disse Robert Francis Prevost, que é entusiasta de tênis.
Durante a celebração, que contou com a participação de várias autoridades esportivas, o líder da Igreja Católica fez uma análise sobre a expressão “dai!”, usada na língua italiana para encorajar os atletas durante as competições.
“Talvez não pensemos nisso, mas é um belo imperativo: é o imperativo do verbo ‘ousar’. E isso pode nos fazer refletir, já que não se trata apenas de dar uma performance física, talvez extraordinária, mas de se doar e de ‘jogar o jogo’. Trata-se de se doar pelos outros”, analisou Leão XIV.
O Papa recordou que, através da derrota, o esporte tem o poder de colocar o ser humano “em confronto com algumas das verdades mais profundas: a fragilidade, os limites e a imperfeição”.
“Isso é importante, porque é a partir da experiência dessa fragilidade que nos abrimos à esperança. O atleta que nunca erra e nunca perde não existe. Campeões não são máquinas infalíveis, mas homens e mulheres que, mesmo quando caem, encontram a coragem de se levantar”, destacou.
Em meio aos conflitos espalhados pelo mundo, principalmente no Oriente Médio e no leste europeu, Prevost mencionou que o esporte é um caminho para a construção da paz.
“Gostaria também de enfatizar que o esporte é um meio de construir a paz, porque é uma escola de respeito e lealdade, que fomenta a cultura do encontro e da fraternidade. Irmãos e irmãs, encorajo-os a praticar este estilo de forma consciente, opondo-se a toda forma de violência e opressão. O mundo de hoje precisa muito disso. De fato, existem muitos conflitos armados”, finalizou.