
O papa Leão XIV, que está em repouso em Castel Gandolfo, disse estar “profundamente triste” pelas mortes e pelos feridos na Igreja da Sagrada Família e manifestou “solidariedade espiritual” ao pároco Gabriel Romanelli e a toda a comunidade paroquial, “confiando as almas dos defuntos à amável misericórdia de Deus”.
“O Papa renova seu apelo por um cessar-fogo imediato e expressa sua profunda esperança de diálogo, reconciliação e paz duradoura na região”, diz um telegrama em nome do pontífice, assinado pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin.
Por sua vez, a premiê da Itália, Giorgia Meloni, afirmou que as investidas israelenses contra “a população civil” são “inaceitáveis”. “Nenhuma ação militar pode justificar essa postura”, acrescentou.
O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores italiano, Antonio Tajani, fez coro e disse que os ataques contra civis em Gaza “não são mais admissíveis”. “O ataque desta manhã atingiu a Igreja da Sagrada Família em Gaza, um ato grave contra um lugar de culto cristão. Toda a minha solidariedade ao padre Romanelli, ferido no ataque. É hora de parar e encontrar a paz”, salientou.
Tajani também telefonou para o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, para condenar a ofensiva e cobrar esclarecimentos e ligou para Romanelli para expressar solidariedade.
A igreja fica na Cidade de Gaza, principal município do enclave palestino e que foi devastada durante o conflito. Ao longo dos últimos 21 meses, a paróquia se tornou abrigo para refugiados e crianças portadoras de deficiência atendidas por freiras católicas.
Desde o início da guerra entre Israel e Hamas, em 7 de outubro de 2023, a comunidade cristã da Faixa de Gaza caiu pela metade, entre fugas para o Egito e mortes em bombardeios, e hoje soma apenas cerca de 500 pessoas.