
O Papa Leão XIV lançou uma crítica à concentração de renda e à “idolatria” social pelo dinheiro, que tem “custado vidas humanas” e levado à devastação do meio ambiente.
A declaração, que contou também com questionamentos sobre o “excesso” de atividades do mundo contemporâneo, foi dada durante a Audiência Geral.
“É no coração que se guarda o verdadeiro tesouro, não nos cofres da terra, não nas grandes finanças, hoje mais do que nunca enlouquecidas e injustamente concentradas, [que são] idolatradas ao custo sangrento de milhões de vidas humanas e à devastação da criação de Deus”, pontuou Robert Prevost.
O pontífice também lembrou que “as inúmeras atividades” cotidianas dos dias atuais “não têm trazido satisfação”, levando apenas “ao cansaço e à insatisfação” e a um sentimento de “vazio”.
“Nos inúmeros compromissos diários, surge cada vez mais o risco da dispersão e até de desespero, de falta de sentido, mesmo em pessoas aparentemente bem-sucedidas”, mencionou Leão XIV, segundo o qual, isso ocorre porque “não somos máquinas, mas temos um coração”.
“É no coração que se encontra o verdadeiro tesouro”, explicou o Papa, antes de acrescentar: “O destino autêntico do coração não consiste em possuir bens materiais, mas em alcançar aquilo que pode preenchê-lo por completo, ou seja, o amor de Deus”.
De acordo com o pontífice, só é possível “encontrar esse tesouro ao amarmos o próximo que encontramos pelo caminho”.



