
O Papa Leão XIV celebrou na Basílica de São Pedro, a ordenação de 32 sacerdotes de 23 países, incluindo Brasil, e alertou para “modelos de sucesso e de prestígio duvidosos e inconsistentes” que o “mundo propõe”.
“O nosso mundo propõe frequentemente modelos de sucesso e de prestígio duvidosos e inconsistentes.
Não se deixem fascinar por eles! Em vez disso, olhem para o exemplo sólido e os frutos do apostolado, muitas vezes escondido e humilde, daqueles que na sua vida serviram ao Senhor e aos irmãos com fé e dedicação, e continuem a sua memória com a vossa fidelidade”, pediu o Pontífice durante a homilia.
Aos religiosos, o Papa lembrou que a Igreja, na sua história milenar, teve – e tem ainda hoje – “figuras maravilhosas de santidade sacerdotal”, enfatizando que a partir das comunidades das origens, “ela gerou e conheceu, entre os seus sacerdotes, mártires, apóstolos incansáveis, missionários e campeões da caridade”, pedindo que se interessem pelas suas historias, estudem as suas vidas e obras, e “imitem as suas virtudes”.
Em sua mensagem, Robert Francis Prevost reforçou ainda a importância de os novos padres serem “construtores de unidade e paz”, além de “promover a reconciliação e a gerar comunhão” em um “mundo marcado por tensões crescentes, inclusive no âmbito familiar e nas comunidades eclesiais”.
Para ele, “ser construtores de unidade e de paz significa ser pastores capazes de discernimento, hábeis na arte de compor os fragmentos de vida que nos são confiados, para ajudar as pessoas a encontrar a luz do Evangelho nas dificuldades da existência””.
“Significa ser leitores sábios da realidade, indo além das emoções do momento, dos medos e das modas; significa oferecer propostas pastorais que gerem e regenerem a fé, construindo boas relações, laços de solidariedade, comunidades nas quais resplandeça o estilo da fraternidade”, acrescentou.
Por fim, Leão XIV disse que os sacerdotes não devem ter “medo” da sua própria fragilidade: “O Senhor não procura sacerdotes perfeitos, mas corações humildes, abertos à conversão e prontos a amar como Ele mesmo nos amou”, conclui.
Entre os 32 novos sacerdotes está um italiano: Alberto De Mola, da diocese de Molfetta-Ruvo-Giovinazzo-Terlizzi. Os outros são do Sri Lanka, Nigéria (3), Coreia (2), Etiópia, África Central (3), Índia (2), Camarões, Vietnã, Angola, Gana, México (4), Brasil, Romênia, Ucrânia, Eslováquia, São Vicente e Granadinas, Uganda, Tanzânia, Quênia, Austrália, Croácia e Papua-Nova Guiné.
A solenidade do Sagrado Coração de Jesus foi concelebrada por mais de 3,6 mil cardeais, bispos e padres.