
O Papa Leão XIV pediu um acordo de cessar-fogo no conflito na Ucrânia e apelou para a “resolução imediata” da crise humanitária na Faixa de Gaza, palco de uma guerra entre Israel e o Hamas há quase dois anos.
As declarações foram dadas à agência Ansa em sua chegada a Castel Gandolfo, cidade nos arredores da capital italiana que abriga uma área extraterritorial da Santa Sé historicamente utilizada como retiro de veraneio dos pontífices.
Questionado sobre a cúpula entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu homólogo da Rússia, Vladimir Putin, o líder da Igreja Católica afirmou: “Sempre busquei um cessar-fogo. Precisamos acabar com a violência agora, com tantas mortes. É por isso que devemos sempre buscar o diálogo, o trabalho diplomático, não a violência”.
“Por que a guerra depois de tanto tempo? Qual é o propósito?”, indagou ele, comentando também sobre a recente reunião entre Trump, os líderes da União Europeia e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
Além disso, Leão XIV alertou que é preciso “resolver a crise humanitária” na Faixa de Gaza.
Ao ser perguntado se estava preocupado com a possibilidade de deportação da população civil de Gaza, o líder da Igreja Católica respondeu: “Sim”, enfatizando que “devemos resolver a crise humanitária” porque “não pode continuar assim”.
“Reconhecemos a violência do terrorismo e respeitamos os muitos que morreram, incluindo os reféns. Os reféns devem ser libertados, sim, mas também os muitos que estão realmente morrendo de fome”, enfatizou o Pontífice ao entrar na Villa Barberini, onde passará os próximos seis dias.
Por fim, Robert Prevost lembrou que a Santa Sé “não pode impedir as guerras”, mas que está trabalhando para promover o entendimento: “Estamos pressionando pelo diálogo, buscando soluções. Esses problemas não se resolvem com a guerra. Devemos sempre buscar a paz”, insistiu.