
Em sua primeira reunião com todos os cardeais da Igreja Católica, o Papa Leão XIV pediu aos altos clérigos para renovarem o compromisso com as principais reformas instituídas pelo histórico Concílio Vaticano II, na década de 1960.
A medida inclui celebrações de missas em línguas locais, em vez do sacerdote usar apenas o latim, e a promoção do diálogo com outras religiões.
“Gostaria que renovássemos juntos hoje nossa plena adesão, nesta jornada, ao caminho que a Igreja universal vem seguindo há décadas na esteira do Concílio Vaticano II”, apelou Robert Francis Prevost, primeiro pontífice nascido nos Estados Unidos.
Leão XIV destacou ainda que o falecido “papa Francisco retomou e atualizou com maestria o conteúdo da Exortação Apostólica Evangelii gaudium”, documento considerado o programa dos 12 anos de pontificado no qual o argentino frisou o pedido por uma “Igreja em saída”, mais missionária, e enfatizou a necessidade de uma maior inclusão social dos pobres, do estabelecimento da paz e de um diálogo social.
Prevost aproveitou para destacar alguns pontos fundamentais, como “o retorno à primazia de Cristo no anúncio; a conversão missionária de toda a comunidade cristã; o crescimento da colegialidade e da sinodalidade; a atenção ao sensus fidei (sentido da fé), especialmente em suas formas mais específicas e inclusivas, como a piedade popular; e o cuidado amoroso com os últimos e os descartados.
Além disso, ressaltou “o diálogo corajoso e confiante com o mundo contemporâneo em seus vários componentes e realidades”.
“Estes são princípios do Evangelho que sempre animaram e inspiraram a vida e a obra da Família de Deus, valores através dos quais o rosto misericordioso do Pai se revelou e continua a revelar-se no Filho feito homem, esperança última de quem procura sinceramente a verdade, a justiça, a paz e a fraternidade”, enfatizou o religioso.
Relatos apontaram que, após o discurso do Papa, ocorreram várias intervenções dos cardeais, sendo que muitos deles retornaram aos temas já abordados nas Congregações Gerais.