Os "Carabineri", a Polícia Militar da Itália, prendeu em apenas 24 horas os três líderes do clã Russo, tido como um dos mais perigosos da Camorra, como é chamada a máfia que opera em Nápoles.
Neste último domingo, foram capturados Pasquale Russo, chefe máximo do clã, e seu irmão Carmine. Ontem, já havia sido detido Salvatore Russo, irmão dos dois primeiros.
Pascuale, de 62 anos, e Carmine, de 47, foram encontrados em uma casa da província de Avellino, na região de Campânia, onde também foram apreendidos armamentos.
De acordo com as autoridades, nenhum dos dois resistiu à prisão, ocorrida durante a noite. Pasquale Russo é considerado fugitivo da Justiça desde 1993 e figurava na lista dos dez procurados mais perigosos da Itália.
Carmine estava entre os 100 mais buscados e temidos membros da Camorra. O chefe do clã foi condenado, em processos nos quais esteve ausente, por diversos homicídios, e seu irmão mais novo é acusado de "associação mafiosa".
Porta-vozes da polícia explicaram que o cerco aos dois se tornou possível após a detenção de Salvatore, pois ela desatou uma série de telefonemas entre os outros membros do clã, que ficaram desorientados. As chamadas foram grampeadas.
O procurador Giovandomenico Lepore, que atua em Nápoles, afirmou que as prisões representam "um duro golpe" desferido contra a Camorra.
Autoridades italianas creem que o clã Russo, baseado na cidade de Nola, controlava cerca de 40 cidades em Nápoles. Já a Camorra, segundo estimativas, poderia ter até 5.000 integrantes.
