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Bélgica mantém prisão de quatro pessoas em escândalo no Parlamento da União Europeia

A justiça da Bélgica ratificou as quatro prisões de pessoas envolvidas no escândalo de corrupção que inclui deputados e ex-parlamentares do Parlamento Europeu.

Os nomes não foram confirmados oficialmente, mas a mídia do país diz que a vice-presidente da Casa, a grega Eva Kaili, suspensa de todas as suas atividades e cargos, é uma das que continuará presa.

Conforme os jornais belgas, os outros três detidos são italianos: o ex-eurodeputado Antonio Panzeri, o assistente parlamentar do grupo dos socialistas no Parlamento e marido de Kaili, Francesco Giorgi, e o diretor da ONG No Peace Without Justice, Niccolò Figa-Talamanca.

Já o outro italiano detido, o atual líder da Confederação Sindical Internacional (Ituc), Luca Visentini, foi libertado “sob condições”. A esposa de Panzeri, Maria Colleoni, e a filha do casal, Silvia Panzeri, foram transferidas para prisão domiciliar no sábado. Todos os envolvidos são ligados ao grupo Socialistas & Democratas.

A operação desencadeada pela Bélgica investiga o possível pagamento de propina em bens e dinheiro para que eurodeputados votassem a favor de um país do “Golfo” em resoluções e projetos analisados dentro do Parlamento Europeu.

Essa nação seria o Catar, envolvida em uma série de denúncias de violação de direitos humanos durante os preparativos para a Copa do Mundo.

Ao todo, 16 pessoas são investigadas pelos possíveis crimes de corrupção, associação criminosa, lavagem de dinheiro, entre outros delitos financeiros.

Sempre conforme fontes ligadas à investigação, Kaili teria perdido a imunidade parlamentar por haver flagrante na hora da prisão, com sacolas cheias de notas de dinheiro em sua residência. Já Panzeri teria recebido férias luxuosas para a família no valor de 100 mil euros.

Juri Lass, porta-voz da presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, informou que a líder política acompanhou também uma ação de busca e apreensão na casa do eurodeputado Marc Tarabella.

Nesse caso, como não havia flagrante, a polícia seguiu a determinação do artigo 59 da Constituição belga que determina que o presidente do Parlamento de um político eleito precisa acompanhar a operação dos agentes de segurança.

“O Parlamento Europeu e a presidente Metsola estão colaborando ativamente e plenamente com as autoridades judiciárias para favorecer o andamento da justiça”, acrescentou ainda Laas em comunicado.

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