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Após pedido de prisão, partido “Povo da Liberdade”, defende Silvio Berlusconi

O pedido pela condenação do ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi a seis anos de prisão e pelo seu afastamento permanente de qualquer cargo público, apresentado ontem pela promotora de Milão, Ilda Boccassini, provocou reações do partido Povo da Liberdade (PDL). Membro do PDL, a ex-ministra da Educação Mariastella Gelmini declarou que o processo é "um uso político da Justiça".

Segundo ela, o pedido de afastamento "representa, de forma evidente, a obstinada vontade de neutralizar e eliminar Berlusconi da cena política". Para a deputada do PDL Daniela Santanché, "é claro que Berlusconi será condenado no dia 24 de junho", já que existe um "preconceito" do Tribunal de Milão contra o ex-premier.

"Se todas as mulheres que frequentavam Arcore [a residência de Berlusconi] eram prostitutas, isso significa que eu também era uma prostituta porque fui jantar ou almoçar lá dezenas de vezes", disse Santanché.

O advogado de Berlusconi, Niccoló Ghedini – que é também deputado do PDL – definiu o processo contra o ex-primeiro-ministro como uma "guerra" e "um julgamento midiático". Para Ghedini, entretanto, "do ponto de vista legal, não há nada". Os membros do PDL esclareceram que o processo Ruby "não vai ter consequências" na estabilidade do governo do premier Enrico Letta, apoiado pelo partido de Berlusconi.

No processo Ruby, Silvio Berlusconi é acusado de prostituição de menores e concussão. Segundo a acusação, ele teria feito sexo com a marroquina Karima El Mahroug em sua residência de Arcore quando ela era ainda menor de idade, e teria pressionado a polícia italiana para que a jovem fosse libertada após ser detida sob a acusação de furto.

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