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Em nova entrevista, Amanda Knox diz ter medo de voltar à Itália

Em uma nova entrevista após a sua libertação, Amanda Knox, a estudante americana que foi condenada pelo assassinato de sua colega de quarto na cidade italiana de Perugia em novembro de 2007, disse que tem medo de voltar à Itália para encarar um novo julgamento. No entanto, ela disse considerar o retorno “para mostrar que se importa com o caso”.

“Eu tenho medo de voltar lá. Na Itália, as pessoas acham que é arrogante da minha parte ficar nos Estados Unidos e publicar um livro para me defender. Em primeiro lugar, acho isso absurdamente injusto, porque eu tenho o direito de me defender. E ninguém pode me pedir para calar a boca porque é conveniente. Mas ao mesmo tempo, eu quero provar a eles que eu me importo com o que está acontecendo”, disse Amanda à CNN em uma entrevista.

“Eu acho inacreditável que, apesar de uma absoluta falta de evidência que me ligue a esse assassinato, eu ainda estou sendo julgada com base em expectativas irreais e sem razão sobre como uma mulher deveria reagir a uma situação horrível”, afirmou. “Ninguém sabe como reagiria a uma situação horrível até que acontece com eles”.

Para Amanda, a teoria da Promotoria de que ela estava envolvida em um “jogo sexual” é absurda. “Eu não estava usando uma cinta de couro e um chicote, eu nunca fiz isso. Eu nunca participei de uma orgia, nunca”, afirmou.

Prisão – A americana passou quatro anos presa na Itália sob a acusação de assassinar a colega de quarto. Ela foi solta em 2011, mas agora os promotores italianos pediram uma revisão do caso, e ela pode passar por um novo julgamento. A Promotoria da Itália alega que Meredith morreu após um jogo sexual violento que deu errado.

Acusação – O crime pelo qual Amanda foi condenada a 25 anos de prisão ocorreu um mês depois de a estudante chegar à Itália. Meredith, com quem dividia casa, foi encontrada morta, degolada, no seu quarto. À ocasião, Amanda tinha 20 anos e namorava, havia seis dias, o italiano Raffaele Sollecito, que também foi detido.

Amanda foi declarada culpada depois que seu DNA foi encontrado no cabo de uma faca cuja lâmina continha o sangue da vítima. Porém, uma reavaliação do material forense por um painel independente descobriu 54 "erros grosseiros" dos investigadores na coleta de provas, levando à sua exclusão.

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