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Candidato a chanceler da Alemanha afirma que “dois palhaços” venceram as eleições italianas

A reunião marcada entre o presidente Giorgio Napolitano e candidato a chanceler do SPD (partido socialdemocrata da Alemanha) Peer Steinbruck foi cancelado a pedido da Itália.

"Não havia mais condições para o encontro após suas declarações. (…) Respeitamos a Alemanha, mas exigimos respeito", disse o presidente italiano a jornalistas em Mônaco da Baviera. O chefe de Estado acrescentou que, ao contrário, as declarações do ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, "foram um exemplo de discrição e respeito".

"Fico horrorizado diante da vitória de dois palhaços", comentou o político alemão sobre o resultado das eleições na Itália, em se referindo a Beppe Grillo e a Silvio Berlusconi, definindo este último como um "palhaço com um alto nível de testosterona".

O candidato a chanceler do SPD, Peer Steinbruck, "compreendeu a decisão de Giorgio Napolitano", comentou um porta-voz da chanceler desafiante Angela Merkel à ANSA, confirmando o cancelamento da reunião após as declarações sobre o pleito italiano.

O governo alemão colaborará com qualquer governo italiano após as eleições, eleições estas realizadas "democraticamente" e que desembocaram em uma "constelação nada fácil", disse o porta-voz de Angela Merkel, Steffen Siebert em Berlim, em uma coletiva de imprensa. Cabe à Itália a responsabilidade de formar um governo capaz de agir, acrescentou ele.

O governo alemão confirmou os vínculos de uma "amizade estreita" com a Itália respondendo a uma pergunta sobre as eleições na coletiva em Berlim. "O governo alemão acompanha com grande atenção e interesse os desdobramentos da situação italiana após o pleito", explicou o porta-voz, acrescentando a chanceler se reunirá com o chefe de Estado italiano.

O presidente Napolitano tem um "papel central" neste momento e ele "fará sua avaliação", observou.

O governo alemão também respondeu àqueles que interpretam o voto italiano como uma reação à austeridade defendida pela chanceler alemã. "Não acredito que exista só uma explicação", comentou Seibert. "A lição aprendida com a crise é a de não voltar a cometer os mesmos erros do passado. É preciso conseguir um crescimento sustentável e fazer as reformas necessárias 

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