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Investigação da morte de Pier Paolo Pasolini poderá ser reaberta

Um advogado e uma criminologista apresentaram um pedido à Procuradoria de Roma para que sejam reabertas as investigações da morte do diretor italiano Pier Paolo Pasolini, assassinado no dia 2 de novembro de 1975 em uma praia próxima a Roma.

O advogado Stefano Maccioni e a criminologista Simona Ruffini afirmam que Pasolini foi assassinado porque "sabia demais" sobre a morte de Enrico Mattei, fundador da petrolífera italiana ENI, em um acidente aéreo em outubro de 1962.

 

O único condenado pelo assassinato de Pasolini foi Rino Pelosi, que tinha na época 17 anos. Segundo versões da época do crime, o cineasta, homossexual assumido, foi assassinado por Pelosi, um garoto de programa, que segundo as autoridades italianas, tinha o intuito de assaltá-lo.

Pelosi foi condenado pelo assassinato de Pasolini e cumpriu uma pena de nove anos de prisão, mas em 2005 afirmou ser inocente do crime e ter sido obrigado a mentir porque haviam ameaçado ele e sua família.

Estas declarações levaram a Procuradoria de Roma a reabrir a investigação oficial sobre o homicídio do diretor, o que, no entanto, não serviu para esclarecer o delito, acerca do qual se multiplicam as suspeitas e as especulações.

Pelosi, por sua vez, teve uma série de problemas com a Justiça por questões de droga, e no último dia 14 de março foi detido em Roma enquanto vendia cocaína a dois homens.

As mesmas suspeitas e especulações rodearam a morte de Mattei, cuja gestão da ENI havia provocado a hostilidade das "sete irmãs", as petrolíferas mais poderosas do mundo, e da França, à qual incomodavam seus contatos com independentistas argelinos.

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