Desde segunda-feira, 21 barcos ancoraram na ilha italiana de Lampedusa, levando cerca de 1.620 imigrantes, entre eles seis mulheres e seis crianças.
Durante a noite, a Marinha italiana socorreu uma embarcação que estava à deriva com 129 pessoas a bordo, a 20 milhas ao sul da ilha.
O centro de acolhimento de estrangeiros em Lampedusa sofre com superlotação, pois está com 2.800 pessoas, sendo que só há espaço para 800.
A direção do local avalia a hipótese de transferir alguns grupos de imigrantes a outros locais da ilha, como a "Casa da Fraternidade" e paróquias.
A Itália tem sido um dos principais destinos de imigrantes norte-africanos que fogem de seus países devido a conflitos internos, como ocorreu na Tunísia, Egito e Líbia.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) afirmou hoje que muitas das pessoas que fugiram da Tunísia para a Itália estão à procura de um trabalho e de melhores oportunidades econômicas, além de proteção internacional.
Para a agência da ONU, a solução disto está no diálogo entre os governos, assim como na adoção de medidas que façam as pessoas que não precisam de ajuda internacional retornarem a seu país de origem.
Desde a metade do último mês de janeiro, cerca de 10 mil tunisianos desembarcaram em território italiano.