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Itália anuncia deserção de parente próximo a Kadhafi e de dois militares

Dois militares importantes do Exército líbio, junto com um parente próximo ao coronel Muamar Kadhafi, abandonaram seus postos no regime, anunciou o ministro italiano de Relações Exteriores, Franco Frattini, em uma entrevista concedida à rede de notícias Sky TG24.

"Dois membros importantes do Exército e um parente próximo a Kadhafi abandonaram seus cargos", declarou o ministro, sem informar os nomes.

Segundo o ministro, o líder da rebelião líbia Mahmud Jibril "dará mais detalhes durante uma coletiva de imprensa que será realizada nesta terça-feira".

"Conversamos por telefone para avaliar a situação", disse.

Jibril tem programada uma reunião na quarta ou na quinta-feira em Roma com o chefe do governo Silvio Berlusconi.

"Recorrer a mercenários, como Kadhafi está fazendo, significa que não conta com o apoio do povo. Quando uma pessoa se vê obrigada a empregar mercenários isso quer dizer que o regime acabou", comentou.

Os rebeldes atacaram novamente nesta terça-feira o complexo residencial de Kadhafi em Trípoli, onde chegaram há três dias.

Seif al-Islam, seu influente filho, reapareceu nesta terça-feira para desmentir sua captura, reforçando o sentimento de confusão que reina em Trípoli, controlada em sua maior parte pelos rebeldes que proclamaram o fim da era Kadhafi.

"O coronel Kadhafi está cercado em sua fortaleza", assegurou Frattini, que explicou que as tropas leais a Kadhafi controlam apenas "8-10%" da capital.

"O dever da comunidade internacional será ajudar a nova Líbia a criar novas instituições", afirmou.

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