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Itália prende narcotraficante nos Emirados Árabes Unidos

A Itália, em parceria com os Emirados Árabes Unidos, prendeu o narcotraficante Raffaele Imperiale em Dubai. O criminoso era considerado o segundo foragido mais procurado do país e estava entre os bandidos “mais perigosos” da Direção Central da Policia Criminal.

A operação para a detenção foi coordenada pela Procuradoria de Nápoles e conduzidas pelo Grupo de Investigação do Crime Organizado (Gico) da província e da Equipe Móvel da Delegacia, com o apoio dos Serviços Centrais da Guarda de Finanças e da Polícia de Estado.

Segundo a mídia italiana, a operação também contou com o apoio de outras nações europeias, como os Países Baixos.

Imperiale é considerado um dos principais responsáveis pela gestão da importação de drogas vindas da América do Sul e que tem como destino diversas cidades europeia.

Conforme o “La Repubblica”, o criminoso tem ligações com o grupo mafioso Camorra e tem um estilo de vida luxuoso. Em dezembro de 2002, o narcotraficante comprou algumas obras-primas de Vincent Van Gogh que haviam sido roubadas do Museu de Amsterdã e que foram encontradas, anos depois, em um piso falso da cozinha de uma de suas mansões.

O italiano era um empresário de diversas áreas lícitas, mas na década de 1990, quando se mudou para Amsterdã, começou a lidar com o tráfico de drogas, diz ainda o jornal. Com a parceria com traficantes holandeses, ele começou a enviar os entorpecentes par Nápoles com apoio do clã camorrístico Amato-Pagano.

A polícia conseguiu rastrear Imperiale por conta de uma outra investigação nos Países Baixos, segundo o “Repubblica”. Em julho, bandidos assassinaram o jornalista investigativo Peter R. de Vries, conhecido no país por ser um repórter que investigava o crime organizado na nação.

De Vries estava investigando a história de Nabil Bakkali, um ex-assassino que foi preso em 2017 e aceitou colaborar com a Justiça em vários casos, entre eles, os que envolvem Ridouan Taghi, o “padrinho” dos novos chefes do tráfico holandês. Taghi, que foi extraditado de Dubai em 2019, tinha como aliado um outro narcotraficante, chamado Richard Riquelme Vega, conhecido como Rico.

Ao conseguir espionar os celulares, os agentes encontraram mensagens de Rico para Imperiale em uma conversa sobre “novos telefones” e rastrearam os contatos. Além da conversa que mostrava o italiano em Dubai em 12 de abril, os dois continuaram a trocar acordos de tráfico ao longo dos meses, bem como fazer discussões sobre como eliminar “rivais” em Dubai.

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