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POLÍTICA ITALIANA: Centro-direita vence eleições municipais na Itália e arruína Partido Democrático

A centro-direita foi a grande vitoriosa das eleições municipais italianas, cujo segundo turno fora disputado em 111 cidades do país, incluindo 22 capitais de províncias.

A Força Nacional (FN), do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, a Liga Norte, de Matteo Salvini, e o Fratelli d’Italia (FDI) conseguiram conquistar a maioria dos municípios, entre eles Gênova e Pistoia, onde as legendas de centro-direita nunca tinham vencido. Em contrapartida, o governista e esquerdista Partido Democrático (PD), do atual premier Paolo Gentiloni e do ex Matteo Renzi, sofreu uma grande derrota.

Os resultados poderão minar até a liderança de Renzi no PD, que, desde que renunciou ao cargo de premier, no fim de 2016, após uma derrota nas urnas para um referendo constitucional, vem sendo criticado dentro do próprio partido. No cenário nacional, levando em consideração os dados do primeiro e do segundo turno das eleições municipais italianas, a centro-esquerda ficou com 67 cidades com mais de 15 mil habitantes, contra 59 da centro-direita.

O Movimento Cívico conseguiu eleger líderes em 20 comune. Já o opositor Movimento 5 Estrelas (M5S), do ex-comediante Beppe Grillo, ficou com 8. O PD garantiu Lecce, Padova, Lucca e Tarento. “Poderíamos ter ido melhor”, admitiu Renzi em um post no Facebook, mas tentando minimizar os efeitos nas urnas e argumentando que as eleições municipais não alteram o panorama nacional. “As eleições foram mal, perdemos. Ganhou a direita.

O M5S também demonstrou ser influente, com capacidade de alterar o resultado final”, comentou Ettore Rosato, chefe da bancada do PD na Câmara dos Deputados. Já a centro-direita, além de Gênova e Pistoia, governará Verona, L’Aquila e Catanzaro. Apesar de analistas políticos acreditarem que as eleições municipais não afetarão os próximos pleitos nacionais – já que a Itália vive em um governo “tampão” até a conclusão da nova lei eleitoral –, os resultados repercutiram dentro dos partidos. A afluência às urnas também foi mais baixo do que o esperado.

Apenas 46% dos eleitores habitados votaram.

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