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Messina Denaro reclamou de celebração por juiz antimáfia Giovanni Falcone

Em uma conversa de WhatsApp obtida pela agência Ansa, o mafioso italiano Matteo Messina Denaro, preso em 16 de janeiro após cerca de 30 anos de fuga, reclamava das celebrações realizadas em Palermo para lembrar a memória do juiz antimáfia Giovanni Falcone.

“Eu estou aqui, preso com os quatro pneus no chão, como se tivessem furados. No asfalto. E nada anda por causa das comemorações dessa merda”, disse em um áudio, datado em 23 de maio do ano passado, enviado em um grupo de pacientes que também passavam por tratamento de câncer.

Com uma série de palavrões e xingamentos, Denaro – que usava a identidade de Andrea Bonafede – reclamava abertamente do evento. Entre as várias condenações que teve da Justiça italiana, o italiano foi sentenciado por envolvimento nos atentados que mataram os juízes

Giovanni Falcone e Paolo Borsellino no início da década de 1990. O chefão da Cosa Nostra passava por tratamento quimioterápico no hospital La Maddalena e ninguém – com exceção de dois médicos que estão sendo investigados – sabia que o homem era o mafioso mais procurado da Itália.

Nas conversas do grupo, Denaro ainda reclamava de precisar “mendigar afeto” durante o tratamento médico e nunca revelou sua real identidade – falando de problemas de família e de crises em relacionamento.

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