O ministro das Relações Exteriores da Itália, Paolo Gentiloni, reuniu-se com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Paulo.
Durante o encontro, o ex-mandatário e o chanceler discutiram maneiras de aprofundar os laços econômicos e comerciais, principalmente em um momento em que a economia brasileira apresenta sinais de desaceleração.
Dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apontam que o Brasil vive um "momento crítico" e que a economia deve se contrair em 3,1% neste ano e 1,2% em 2016.
Por sua parte, Lula, que esteve em junho em Roma, ocasião em que se encontrou com o premier italiano, Matteo Renzi, quis saber mais sobre as reformas econômicas no país europeu, que, após anos de recessão, registrou queda no índice de desemprego e aumento na atividade econômica. Segundo o banco central italiano, o Produto Interno Bruto (PIB) da nação deve ter uma alta "levemente superior" ao 0,7% previsto no último mês de julho.
De acordo com dados do Ministério de Relações Exteriores (MRE), no ano passado, a Itália foi um dos dez principais parceiros comerciais do Brasil. Com mais de 1.200 empresas atuando no território brasileiro, também é um dos dez países que mais investem na economia local. Entre 2008 e 2014, o fluxo de comércio cresceu aproximadamente 10%, passando de US$ 9,38 bilhões para US$ 10,33 bilhões neste período. Battisti – O caso do ex-ativista italiano Cesare Battisti, condenado na Itália à prisão perpetua por quatro homicídios cometidos na década de 1970 e cuja extradição foi negada por Lula em seu ultimo dia de mandato, não foi abordado no encontro.
Recentemente, a Itália extraditou o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, que tinha fugido para o país após ser condenado no processo do mensalão.
