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POLÍTICA ITALIANA: Governo Monti “cambaleia” com a “jogada” do partido de Silvio Berlusconi

O secretário do Povo da Liberdade (PDL), Angelino Alfano, disse na Câmara italiana dos Deputados que, para o seu partido a "experiência de governo" de Mario Monti está "concluída".

"Há 13 meses este governo foi criado para melhorar as coisas. Treze meses mais tarde,as coisas pioraram", resumiu Alfano, do partido do ex-premier Silvio Berlusconi.

"Estamos aqui para dizer que consideramos concluída esta experiência de governo", observou Alfano.

JOGADA DE BERLUSCONI SACODE O GOVERNO MONTI:

O PDL de Berlusconi causou tensão no Senado ao se abster em um voto de confiança, sinal que foi lido como uma ameaça de retirar seu apoio ao Executivo de Mario Monti.

O texto, um decreto-lei, conseguiu a maioria relativa mas não a maioria absoluta dos votos no Senado. A maioria dos senadores do partido se absteve ou não participou da votação.

A reação do PDL foi interpretada como uma resposta às declarações na TV do ministro do Desenvolvimento, Corrado Passera, que criticou o eventual retorno de Berlusconi à política como algo "nada bom para o país".

Em meio à tensão também esteve o PD (Partido Democrático), com a presidente do Senado Anna Finocchiaro falando de uma situação de quase crise de governo, e convidando o premier a se reunir com o chefe de Estado Giorgio Napolitano.

De acordo com o The Wall Street Journal (WSJ), a postura do PDL de deixar a maioria e a provável decisão de Berlusconi de retornar ao cenário político abalam o governo do premier atual e coloca os mercados em alerta, que voltam a se preocupar com a instabilidade política da Itália. A queda de ontem (6) de 0,9% na Bolsa de Milão foi uma reação de desconfiança do mercado em relação à Itália, diante da possibilidade de que o país, sem Monti, volte a ser alvo de uma tempestade financeira.

"O gesto do PDL, em grande parte simbólico, serviu como uma advertência sobre a decisão em potencial de Berlusconi de desativar o governo Monti e causar seu fim antes de abril, quando estão programadas novas eleições", observou o jornal nova-iorquino.
      Embora essas ações simbólicas não ameacem diretamente o governo liderado pelo tecnocrata Monti, formado para ajudar a Itália a evitar um resgate, o PD (de centro-esquerda) afirmou que pedirá ao presidente italiano para dissolver o Parlamento se Monti não garantir o apoio do PDL (de centro-direita).

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