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POLÍTICA ITALIANA: Sessões parlamentares suspensas por protesto do PDL

O Povo da Liberdade (PDL), bancada do ex-primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, bloqueou as sessões do Parlamento italiano em protesto contra a decisão da Suprema Corte, que fixou a data da próxima audiência do processo "Mediaset" – onde o ex-premier é acusado de fraude fiscal – para o dia 30 de julho.

Os parlamentares do PDL consideram a data muito próxima, e, segundo eles, a decisão gera a suspeita de que o julgamento seja "já escrito". No processo "Mediaset" Berlusconi foi condenado em segundo grau por fraude fiscal a quatro anos de prisão e cinco anos de interdição dos cargos públicos. A próxima audiência seria a primeira do processo de última instância.

Os deputados e senadores do PDL não compareceram nas sessões das comissões programadas, impedindo a formação do quorum.

Ao mesmo tempo os líderes do partido apresentaram um pedido de suspensão das sessões previstas para os próximos dias. "Se nosso pedido será recusado entenderemos que não existe mais um governo de coalizão", declarou a deputada do PDL, Daniela Santanché. O Partido Democrático (PD), que junto ao PDL apóia o governo de Enrico Letta, em um primeiro momento rejeitou o pedido de suspensão, mas acabou votando a petição da bancada de Berlusconi. Parlamentares do próprio PD criticaram a decisão da direção do partido.

Os deputados e senadores do Movimento 5 Estrelas (M5S), bancada do ex-comediante Beppe Grillo, protestaram veementemente contra a decisão de interrupção das sessões parlamentares. Todos os deputados do M5S tiraram a gravata e o terno em forma de protesto e a presidente da Câmara dos Deputados, Laura Boldrini, foi obrigada a suspender a sessão por causa de um confronto físico ocorrido entre deputados do M5S e do PD. O presidente da Suprema Corte, Giorgio Santacroce, afirmou que não existe nenhuma "perseguição contra Berlusconi". Segundo o juiz o ex-primeiro-ministro foi "tratado como qualquer outro réu em um processo que tem uma prescrição iminente". "Não há nenhuma razão para se surpreender. Foi simplesmente aplicada a lei", concluiu Santacroce.

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