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POLÍTICA: Presidente italiano Giorgio Napolitano está satisfeito com Berlusconi

O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, disse hoje receber com satisfação a intenção do premier Silvio Berlusconi de prosseguir com seu mandato até 2013 ao invés de buscar a antecipação das eleições, mas apontou ter sido alvo recentemente de polêmicas injustas "e nem sempre educadas".

"Na metade de agosto, sugeri à reflexão de todas as forças políticas a interrogação sobre quais poderiam ser as consequências para o país de precipitar a situação a um voto político e um confronto eleitoral muito duro", afirmou o chefe de Estado, aludindo à atual crise interna do país.

De acordo com Napolitano, "se sucederam, durante semanas" intervenções de que "o recurso ao povo, ou às urnas, é o sal da democracia e o bálsamo de todas as suas febres".

"Foi mostrado espanto pelo fato de que o presidente da República não parecesse pronto, com a caneta na mão, para firmar um decreto de dissolução das Câmaras", afirmou ele.

O debate sobre a antecipação das eleições foi iniciado depois da ruptura entre Berlusconi e seu antigo aliado e presidente da Câmara de Deputados, Gianfranco Fini.

Após ser expulso do partido Povo da Liberdade (PDL), Fini criou o grupo Futuro e Liberdade para a Itália (FLI), levando com ele mais de 30 parlamentares que contribuíam para a manutenção da maioria governista no Congresso.

Em data ainda não definida, o premier pretende submeter à votação da Casa seu programa de gestão.

Anteriormente ele havia anunciado que se o texto não fosse aprovado, evidenciando a perda da maioria, a única alternativa seriam as eleições.

Nos últimos dias, no entanto, ele vem reiterando que está "tranquilo" e que terminará a legislatura. Napolitano, a quem caberia a decisão sobre o pleito, havia questionado no mês passado as consequências que a antecipação poderia trazer, e afirmado que era "hora de diminuir os tons, realizar um esforço de ponderação responsável entre as exigências da clareza política e a da manutenção da vida institucional".

Expoentes da base governista pressionaram o chefe de Governo para a convocação das eleições, e em uma dura nota divulgada no dia 16, ele rejeitou as acusações de que estava traindo a Constituição ao não antecipar o pleito.

Em um discurso em Salerno, no sul da Itália, o presidente afirmou que é preciso assegurar "que a vida de um país democrático e das suas instituições eletivas, nas quais se exprime a vontade popular, sejam ordenadas segundo regras", sendo que uma delas se refere a "uma duração preestabelecida das legislaturas parlamentares pelo tempo considerado necessário".

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