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Berlusconi e Kadafi tentam resolver crise de vistos na Líbia

O premier italiano, Silvio Berlusconi, conversou com o presidente da Líbia, Muammar Kadafi, para tentar resolver a crise iniciada desde que o governo do país africano decidiu suspender a emissão de vistos de entrada para cidadãos da União Europeia.

De acordo com informações da Jana, agência de notícias oficial líbia, "a ligação faz parte da contínua coordenação e consultas sobre temas que incluem questões regionais e internacionais de comum interesse".

Já o diário online Oea — vinculado ao filho do líder africano, Saif al-Islan — afirma que o primeiro-ministro "fez esforços persistentes" nas conversas com Kadafi "na tentativa de conter a crise" dos vistos.

Segundo informações de fontes do aeroporto de Trípoli, entre sábado e domingo chegaram à Líbia 41 italianos em voos das companhias Alitalia, Libyan Airlines e Afriqiyah Airways, sendo que 11 deles foram repatriados.

Todos eles portavam vistos de trabalho nos quais estava especificada sua profissão — a maior parte era formada por engenheiros, geólogos, técnicos especializados e profissionais de informática.

Diplomatas informaram que todos os voos que chegam da Itália à Líbia — cerca de três por dia — estão sob monitoração do consulado do país europeu, que presta assistência aos cidadãos em sua chegada ao aeroporto de Trípoli.

Até agora, 37 italianos foram impedidos de entrar na nação africada desde o início da crise dos vistos. As companhias aéreas, porém, até agora não cancelaram nenhum voo — apesar da diminuição no número de passageiros desde o último dia 14 de fevereiro.

O chanceler da Itália, Franco Frattini, que está em Bruxelas para participar do Conselho da União Europeia sobre política exterior, disse esperar que o caso seja resolvido rapidamente e confirmou a conversa ocorrida entre Berlusconi e Kadafi.

"Na última noite houve contatos. Fizemos um apelo às autoridades líbias e também o premier falou com líder Kadafi. Veremos", completou o ministro.

As restrições adotadas pela nação africana são uma retaliação à decisão tomada pela Suíça há poucas semanas de incluir o Kadafi e seus filhos, entre outras pessoas, em uma lista negra.

Como a nação europeia, bem como a Itália, é signatária do acordo de Schengen (que permite a livre circulação de pessoas no território da UE e administra as fronteiras), a relação de nomes bloqueados passa a valer para todos os países da região. (EFE) 

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