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FÁBIO BOTTO FARHAN: Itália tem onda de protestos contra vacinação

Mais de 20 cidades da Itália tiveram protestos contra um projeto do governo que quer reintroduzir a obrigatoriedade da vacinação para crianças em idade escolar.   

Os atos ocorreram nas maiores metrópoles do país, como Milão, Turim, Gênova e Florença, e defenderam a “liberdade de escolha” na hora de vacinar os filhos – em Roma, haverá uma manifestação de caráter nacional no dia 11 de junho.   

A organizadora dos protestos foi a Coordenação do Movimento pela Liberdade de Vacinação (Comilva), que tem como um de seus membros mais ativos o médico Dario Miedico, expulso da ordem de Milão após ter assinado um manifesto contra a “vacinação pediátrica em massa”.   

Em Florença, os pais atiraram uniformes escolares no chão, em protesto contra o projeto do governo que proibirá a matrícula de crianças que não estiverem com a vacinação em dia. A iniciativa já foi aprovada pelo Conselho dos Ministros e aguarda sanção do presidente Sergio Mattarella.   

“Com a saúde não se brinca, liberdade de escolha e segurança”, dizia um cartaz. Em Turim, os manifestantes afirmaram que a obrigatoriedade não tem fundamentos científicos e é uma medida “anacrônica e desrespeitosa”.   

“Lamento. Acredito que sejam manifestações absolutamente legítimas, mas profundamente equivocadas”, declarou o presidente do Instituto Superior de Saúde (ISS), Walter Ricciardi. Na última quinta-feira (1º), um grupo de extrema direita já havia espalhado panfletos contra a ministra da Saúde da Itália, Beatrice Lorenzin, autora do projeto pró-vacinas.   

Os índices de vacinação vêm caindo ano a ano na península, uma realidade que atinge vários países da Europa e já provocou um surto de sarampo em algumas regiões italianas no início de 2017.

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