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Estudo italiano estima número de buracos negros no Universo

Um estudo coordenado por astrofísicos italianos estimou que o Universo contém 40 quintilhões de buracos negros, os corpos mais densos do cosmos e de onde nem a luz consegue escapar.

Publicada na revista The Astrophysical Journal, a pesquisa foi coordenada pela Escola Internacional Superior de Estudos Avançados (Sissa) de Trieste, no nordeste da Itália.

Também colaboraram o Instituto de Física Fundamental do Universo (IFPU), situado na mesma cidade, o Instituto Nacional de Física Nuclear (INFN), a Universidade de Pádua, o Instituto Nacional de Astrofísica (Inaf) e as universidades britânicas de Southampton e Durham.

De acordo com o estudo, essa cifra de 40 quintilhões de buracos negros (o número 40 seguido de 18 zeros) corresponderia a 1% da matéria bariônica no Universo, ou seja, excluindo a ainda misteriosa matéria escura.

Os pesquisadores se basearam em dados disponíveis sobre buracos negros do Universo observável e originados no fim do ciclo de vida de estrelas de grande massa.

Buracos negros são os objetos mais misteriosos do cosmos e se formam quando estrelas de grande massa ficam sem combustível para seu processo de fusão nuclear, fazendo sua matéria colapsar para dentro, atraída pela gravidade.

Esse processo gera um ponto no espaço-tempo onde a densidade é infinita e do qual nem a luz pode escapar.

Um buraco negro com 15 vezes a massa do Sol, por exemplo, teria somente 90 quilômetros de diâmetro. Ou seja, o equivalente a espremer 15 sóis no espaço entre São Paulo e Campinas.

No entanto, o Universo também conta com os chamados buracos negros supermassivos, que geralmente habitam o centro de galáxias, com massas até bilhões de vezes maiores que a do Sol, e cujo processo de formação ainda é misterioso.

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