A prefeita de Roma, Virginia Raggi, foi absolvida em recurso no processo de apelação sobre a nomeação de Renato Marra, irmão do ex-chefe de seu gabinete, a um cargo na Secretaria de Turismo da capital italiana.
De acordo com a denúncia, o irmão de Renato, Raffaele Marra, teria interferido na nomeação à época, quando era vice-chefe de gabinete da prefeita. A acusação sustentava que Raggi teria mentido ao Ministério Público, dizendo que decidira sozinha sobre a nomeação, sem interferência.
Na primeira instância, a prefeita da capital italiana já havia sido absolvida em 2018, “porque o falso testemunho do qual Raggi era acusada não constitui crime”, mas a promotoria recorreu na segunda instância.
A promotora Emma D’Ortona, pediu uma pena de 10 meses de prisão a Raggi, membro do Movimento 5 Estrelas (M5S). A acusação afirmou que a prefeita “conhecia a posição de Raffaele Marra e não garantiu a obrigação de Marra de se abster de nomear seu irmão Renato”. Para a procuradoria, “o erro do juiz anterior é ter transformado uma investigação documental em declarativa”.
“Esta é uma vitória minha, da minha equipe, das pessoas que estiveram ao meu lado nestes quatro longos anos de solidão política, mas não humana. Acredito que muitos, também e sobretudo, devem refletir no M5S”, disse Raggi ao comentar sua absolvição.
Segundo ela, “agora é muito fácil querer tentar entrar no vagão do vencedor com palavras circunstanciais após anos de silêncio. Quem tem a consciência tranquila não deve se ofender com estas palavras, mas muitas outras, pelo menos hoje, têm a decência de calar-se”.
A decisão favorável à Raggi também foi comemorada pelo ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio. “Virginia Raggi foi absolvida. Mais uma vez. Continue a resistir grande mulher, o M5S resiste com você!”, escreveu o chanceler no Facebook
